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O poder de engajamento do processo ensino-aprendizagem baseado em projetos. Uma breve história.

Os 4Ps da aprendizagem criativa: Projetos, Paixão, Pares e Pensar brincando


Um dos principais livros que temos como suporte na Maktub Education é o “Jardim de Infância para a Vida Toda: Por uma Aprendizagem Criativa, Mão na Massa e Relevante para todos”. Nesse livro o autor, Mitchel Resnick, fala sobre a importância de se trabalhar com projetos no processo de ensino-aprendizagem. Segundo o autor, os projetos trazem uma significância para o aluno, seja ele de qualquer idade.


Nessa semana, ainda numa fase de experimento, tivemos acesso às crianças de uma escola localizada na zona oeste de São Paulo. O desafio colocado pela professora de Ciências foi para que os alunos do 5º ano Fundamental desenvolvessem um projeto (individual) que entregasse um produto final. Na sequência dessa atividade, o aluno deveria explicar as questões técnicas envolvidas no projeto, a execução e também (talvez principalmente) o propósito de desenvolver tal produto.

O projeto causou um burburinho entre as crianças, que queriam compartilhar suas ideias com a professora e com os colegas. O propósito leva ao empenho e curiosidade de aprender as mais variadas disciplinas que possam colaborar na busca das soluções.



No processo de observação, pudemos testar “in-loco” um dos conceitos destacados no livro de Mitchel. Os 4Ps da aprendizagem criativa: Projetos, Paixão, Pares e Pensar brincando (ultimamente tem se acrescentado o P de propósito). O projeto com propósito e paixão leva as crianças (e adultos) a compartilharem suas ideias com seus pares e, o processo de pesquisa e execução se torna uma brincadeira de tentativas e erros, até se conseguir um resultado que “alivia a dor” de quem poderá usufruir do produto final.



O projeto da Julia Long (10 anos), por exemplo, foi de desenvolver um instrumento musical. Ela viu na Internet vários modelos de instrumentos musicais, feitos com madeira, com papel, com Lego, etc. Sua escolha foi por fazer um instrumento que trabalhasse com programação em Scratch, um aplicativo desenvolvido pelo pessoal do MIT (Mitchel cita esse software em seu livro) e no processo de pesquisa descobriu que poderia usar uma placa chamada Makey Makey que facilita a interface entre o programa e o usuário. Ela não tinha a placa à disposição, mas conseguiu uma emprestada e pesquisou o que era software e o que era hardware, viu um pouco sobre lógica de programação e desenvolveu o projeto com base em todo esse conhecimento já compartilhado por amigos e/ou Internet.



De acordo com Julia, ela se divertiu muito com o desenvolvimento do projeto e ficou mais feliz ainda quando viu (e ouviu) seu piano tocando. Ela considera a primeira versão entregue, um protótipo, e pretende continuar desenvolvendo seu instrumento ao longo do ano, independente da demanda da escola.



Para nós, da Think Market e Maktub, foi um processo prazeroso verificar que muitas das nossas ideias podem, realmente, colaborar com a educação de forma criativa e inovadora, trazendo significados entre os conceitos e as práticas dos alunos. O significado traz propósito, que traz engajamento e diversão a todo o processo de ensino / aprendizagem, gerando um ciclo virtuoso capaz de preparar as novas gerações aos desafios futuros.



Por: Julio Cesar da Costa - Sócio Fundador Maktub Education

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